Nem de propósito! Ainda no dia 25 de Abril, estava no piquenique a falar com uma amiga e dizia-lhe que, nestes tempos de crise, achava muito pertinente e aceitaria fazer uma troca de serviços. Já que muitas vezes o dinheiro das pessoas actualmente só chega para o essencial (casa, contas, gasolina, comida, outros encargos fixos), tudo o resto é descartado.
E o resto? A vida pára? Os trabalhos, os serviços, deixam de existir, assim por efeito bola de neve? Sim, porque cada vez há mais empresas a fechar e vai tudo recambiado para o desemprego ou para trabalhos precários. Deixamos todos de fazer as coisas de que gostamos e, para as quais estudámos anos a fio, resumindo-nos ao leque de empregos que muitas vezes são completamente desfazados das nossas competências e formação?
Acho mesmo que a solução pode passar pela troca de serviços e hoje dei de caras com esta e esta notícia, que me deixaram esperançada para a mudança necessária de paradigma da sociedade.
Claro que vão sempre existir coisas para as quais é preciso dinheiro e serviços que teremos de pagar, sobretudo ao estado, mas há uma infinidade de coisas em que uma troca é bastante útil.
Por exemplo (e deixo já aqui aberta a sugestão de forma a verificarem que não falo da boca para fora) aceitaria ajudar alguém a decorar, ou redecorar a casa, ou faria projecto de alterações (para mudança de pavimentos, revestimentos, cozinha, etc.), em troca de outro serviço de volta. As pessoas muitas vezes não compreendem a mais valia de ter um consultor de design de ambientes. Porque não sabem que ( e ainda mais nestas circunstâncias) podemos ajudar a poupar dinheiro, rentabilizando os gastos, para que fiquem com uma casa mais agradável com o menor custo. Porque alguém que conhece esse mercado, os materiais, os móveis as opções a logística, indicará um caminho, que para quem desconhece é um mundo. Para nós, é o nosso mundo.
E mundo avançaria, se partilhássemos, oferecessemos, cada um o seu, para ter outro de volta!
Pensem nisso...
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