segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pormaiores

Há pormenores que são grandes demais e que fazem muita diferença.

Cada vez gosto mais de ver ambientes com coisas de ar imperfeito, com uma incoerência coerente que nos surpreende, por ser algo inesperado, pouco convencional e que traz um cunho de personalidade.

Cada vez mais gosto de espaços que contam uma história no tempo e no espaço, com objectos de diferentes épocas e lugares. Podemos chamar-lhe étnico, mas até o minimalista pode ser étnico.

Vejo que a maior dificuldade das pessoas é a de conseguir ultrapassar as barreiras do "tudo a condizer", cortar com a monotonia dos móveis em conjunto e construir um espaço mais intemporal, com peças que não fiquem datadas.

Cada vez gosto mais de espaços que têm a confusão natural da presença das pessoas a viver neles, não sendo desarrumados, no que chamo uma happy mess, em vez de imaculados lugares de exposição. Aconchega-nos a alma quando lá estamos. Sentimos que fazemos um bocadinho parte daquele espaço, assim como ele fará parte de nós, quando nos lembramos o quanto nos sentimos lá bem.

Gosto por isso de trazer aqui exemplos que caminham no sentido que acabei de descrever, um pouco como abrir uma porta na mente de quem me lê, dando ferramentas para entender o seu espaço e poder melhorá-lo. Porque as casas não devem parar no tempo, tal como nós não paramos. 

Abram portas à imaginação, para colocar o vosso cunho em pormenores, que se tornam a essência do vosso espaço e, por isso, se tornam "pormaiores".

Abram portas, que hoje trago portas interiores de correr, que podem ser diferentes de todas as outras que já têm em casa sem fazer pan- dan. Espero que gostem e se sintam inspirados!

















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